21 maio 2007

Madrugada

Acordo na madruga. Noite fria e silenciosa. Dormes e ouço o teu sereno respirar. Acordo e sinto que o sono me foge, cavalga para além dessa noite que se antevê longa, agora são apenas 3 horas da manhã. Sinto vontade de te acordar, requerer companhia, para dividires comigo essa agonia do despertado solitário na noite fria. Não terei coragem, dormes e o teu sono não é culpado da minha insônia. Respeitarei o teu repouso, ele te fará mais bela ainda ao despertares.

Para minha feiúra não há esperança, nem milhões de horas de sono poderiam curá-la. Sou um feio insone, deitado ao lado de uma bela que dorme. Levanto com cuidado, movimentando o corpo quase totalmente despido na massa de ar frio da madrugada. A pele acusa o golpe, um arrepio percorre o corpo enquanto a própria pele vai ficando ressentida com o frio, arrepiada. Melhor vestir ao menos uma camiseta.

Vou até o escritório, através do vidro amplo da janela vejo que a noite está pintada de prata, enluarada. São 3:24, ligo o notebook e começo a teclar: Acordo na madrugada...

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